CRONOS & RÉIA
Hesíodo relata que RÉIA, “submetida” a CRONOS, pariu “filhos brilhantes”. Óbvio. RÉIA pariu parte dos olimpianos. Soberanos deuses do Olimpo. Vale pontuar, mais uma vez, que CRONOS e RÉIA é o terceiro casal de TITÃS que repete a fórmula dos irmãos que se casam.
Os primeiros olimpianos, portanto, filhos de CRONOS e RÉIA são: HÉSTIA (deusa do fogo sagrado), DEMÉTER (deusa da agricultura), HERA (a maior das deusas), o forte HADES (deus do submundo), POSEIDON (o treme-terra) e o sábio ZEUS, o pai dos deuses e dos homens.
CRONOS, o de “curvo pensar” (estilo avestruz!), foi um pai devorador de filhos. Mas por que um pai engoliria seus próprios filhos? Porque CRONOS foi um rei assustadoramente mesquinho. Foi sucessor do seu pai URANO em circunstâncias peculiares – ele próprio o castrou com uma foice. E assim, não queria que nenhum de seus filhos fizesse o mesmo: usurpasse o seu trono. E então os devorava. Com os quatro primeiros, ele conseguiu manter a estratégia. Obrigou RÉIA a entregar-lhe HÉSTIA, DEMÉTER, HERA e POSEIDON. Contudo, antes de parir ZEUS, RÉIA tramou. E, ao invés de entregar ZEUS, recém-nascido, a CRONOS, entregou-lhe uma pedra em seu lugar. Veja a cena retratada acima. A avestruz avarenta imediatamente apanhou a pedra embrulhada em cueiros e engoliu. (Gente, que suco gástrico potente era esse?). No fim das contas pagou por tudo isso sendo preso nos confins do Tártaro.
E Brasília? Está cheia de devoradores. Usam artifícios como impostos, salários agigantados, jetons, e devoram o nosso dinheiro. Até poupança eles já devoraram. Difícil mesmo é mandá-los para prisão. Na mitologia a justiça acontece. No Brasil não.